quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Morar de graça na França? Oui!

Uma das tarefas mais dificeis para qualquer estrangeiro que chega na França é arrumar um bom lugar para morar. A burocracia é enorme, tudo é muito caro, muito pequeno e/ou muito velho. O mais comum é dividir o aluguel com desconhecidos ou sublocar apenas um dos quartos de uma casa grande, onde moram outras pessoas.

Tão grande quanto o numero de estudantes sem-teto é a solidão dos velhinhos franceses - ainda que ser idoso aqui não seja tão dificil quanto no Brasil. Aqui, a vida da melhor idade é tão ativa que o francês se habituou a deixar seus velhinhos soltos por ai. Chega a ser engraçado as senhoras de 276 anos dirigindo no trânsito, fazendo jus à carta de motorista que, pasmem!, ainda é vitalicia na França. Não sei o que colocam na agua dos franceses, mas esse povo não morre nunca! O problema é que, com os filhos ja criados e morando longe, os idosos se sentem muito sozinhos.

Quem diria que o problema do mais jovem poderia ser resolvido pelo mais experiente e vice-versa? Uma ideia simples vinda da Espanha chegou na França em 2004 com o PariSolidaire, uma organização que une jovens e idosos em uma troca de boas ações. E danem-se as décadas de diferença! Pessoas com menos de 30 anos se alojam em quartos individuais nas casas dos idosos e em troca fazem companhia aos proprietarios e partilham as tarefas domésticas.

A associação se compromete a definir as necessidades de ambas as partes, a verificar as condições do alojamento (conforto, disposição), a identificar o perfil "ideal" do jovem (estudando seus anseios e motivações) e a analisar individualmente cada inscrição para garantir o convivio harmonioso entre todos. Para estar apto a se inscrever, o idoso deve apenas dispor de um quarto livre e de um coração aberto para receber o seu novo hospede. Ja o jovem, precisa ter comprometimento, paciência e respeito pelo seu acolhedor. Achei o projeto muito interessante, principalmente para estudantes estrangeiros que querem conhecer a lingua e a cultura francesa. Existe maneira mais rapida de aprender que mergulhando no dia a dia de uma senhora francesa? Além disso, é um jeito mais econômico e confortavel de morar num dos paises mais caros do mundo.

Idoso e jovem podem optar entre duas formulas durante a inscrição: solidario (hospedagem sem custo, apenas em troca de companhia) ou convivial (com participação financeira). Sempre ha uma taxa de inscrição e em alguns casos uma mensalidade - que chega a ser ridicula perto dos alugueis cobrados na França. Para saber tudo sobre o processo de seleção e sobre as tarifas consulte o site do PariSolidaire. Lembrando que o projeto começou em Paris mas ja se espalhou por varias cidades da França, Lyon inclusive.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Roupas de segunda mão

Nem a crise conseguiu pôr fim aos desejos consumistas das francesas, que vale lembrar, são enormes. So que as mulheres daqui deram um jeito de continuar renovando o guarda-roupas sem gastar muito e eu, sem gastar quase nada. A ideia de usar roupas de "segunda mão" é super bem aceita na Europa. No Brasil a onda ainda não pegou, apesar do sucesso dos brechos on line - uma pena. A preocupação não esta so na economia da graninha nossa de cada dia, mas também com o meio hambiente, e quando o assunto é esse precisamos aprender um pouco mais com os europeus.

O conceito se espalhou tanto que ja existem varias maneiras de reaproveitar a roupa suja alheia. Algumas grifes famosas estão abrindo suas second hand stores, onde o sujeito que adquiriu peças de coleções passadas pode se desfazer delas, revendendo-as para a propria loja. Claro que as roupas precisam estar em bom estado, elas serão lavadas e colocadas novamente à venda. Uma otima oportunidade para adquirir peças caras com precinhos camaradas. Não estou falando dos outlets, onde as roupas, apesar de mais baratas, são sempre novas. Falo de roupas usadas mesmo, que a principio me pareceu estranho mas se tornou super pratico quando meu lado consumista passou a ser financiado em euro. No Brasil, onde tudo precisa de nome chique para ser bem aceito, a lista de peças vintage que as madames procuram nos brechos é enorme: bolsas, sapatos, acessorios, oculos, chapéus... Por aqui o conceito vai além, tudo pode ser reaproveitado e grana curta não é mais desculpa para usar sempre o mesmo jeans ou o mesmo casaco.

Uma outra vertente do consumismo responsavel são os "mercados de pulgas", aqueles espaços enormes onde é possivel encontrar todo tipo de coisa que se possa imaginar: de parafuso à fralda de bebê, de ralador de queijos a quadros, de almofadas à meias (tudo usado, claro). Uma amiga de Lyon encontrou aquele treco de tirar caroço de azeitona e levou na hora, toda contente.

Pois é, em Lyon existem mercados de pulgas e brechos bacanas. Essa semana estive em um que reune no mesmo lugar roupas, moveis, objetos de decoração, livros, brinquedos e todo tipo de quinquilharia que se não serve mais para um, vai parar na casa do outro. Confesso que não é tão facil encontrar peças interessantes, mas vale a pena garimpar. Uma outra amiga encontrou um blazer por 2€, minha mãe (de férias em Lyon) comprou um quadro belissimo por 8€ e eu levei um jogo de taças de cristal por 15€ (deve valer uns 200€) e um bule antigo para cha (que uso para colocar flores) por 3€.




Esse brecho é organizado por uma associação que ajuda uma porção de gente carente de Lyon: mendigos, desempregados, idosos, familias sem teto. São varias ações reunidas para tentar reabilitar essas pessoas e inseri-las de volta ao convivio social. A associação recebe doações de roupas, moveis, utensilios domésticos e tudo mais que não te serve. Tudo mesmo! Encontrei até pote de vidro de geléia vazio para ser vendido. Todo o dinheiro recolhido no brecho é empregado em outras ações como nas 220.000 refeições servidas todos os anos à quem não tem o que comer.

Aqui esta o site da Associação "Foyer Notre-Dame des Sans-Abri" e aqui a lista de endereços dos brechos em Lyon. Se onde você mora existem outlets ou brechos bacanas, devem haver também instituições como esta precisando de você. Balancear consumismo e solidariedade faz um bem danado, falo por experiência propria.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Toda brasileira é bunda

Francês não tem muita noção das coisas, que o digam os criadores do curso de francês para estrangeiros da universidade onde estudo. Com certeza nunca estiveram no Brasil nem conhecem muitos brasileiros. Onde ja se viu oferecer aulas para ensinar girias e palavrões à gente diplomada no assunto como eu? Ta, exagerei um pouco. Palavrões eles não falam, mas expressões maliciosas não faltam na lingua francesa. Alias, não faltam em lingua nenhuma, so não esperava aprender isso na sala de aula! Para disfarçar a pouca vergonha, chamaram a matéria de "Francês familiar".

O professor, um negão cheio de estilo, me cativou logo nos primeiros 5 minutos de aula:
- De onde você veio?
- Brèsil.
- Hum, que bom! Meu tataravô era brasileiro, da Bahia.

Rà! Virou amigo de infância! Não sei se por isso, mas as aulas dele são as minhas preferidas. Ou talvez por ser la onde eu aprendo a chamar policial de "poulet" (frango). Claro que ele ri e avisa imediatamente que não podemos usar a giria na frente das autoridades, mas falar isso pra corintiana é como dar bom dia ao cavalo né?

Na utima semana, o coitado ensinava ao bando de chinesinhos e às 3 brasileiras da sala, as nomenclaturas das partes do corpo humano, para no final entendermos melhor algumas expressões* como "custa os olhos da cara". Uma das brasileiras (juro que não fui eu!) logo deu falta de duas partes importantissimas para o funcionamento de todo o resto:
-Professor, e as partes que faltam?
- Hã?
- Do homem e da mulher, aqueeeeelas...

Eu nunca tinha visto uma pessoa ficar tão sem graça! Ele disfarçou, pensou, gaguejou e quando viu todos aqueles olhinhos puxados 'made in China' se arregalarem à espera da resposta, escreveu "pénis" et "vagin" na lousa e apagou 10 segundos depois. Como pode um professor de primeiro mundo que da aulas de expressões contemporâneas francesas, ter ficado tão chocado com uma pergunta tipica de jardim de infância? Fiquei imaginando o que se passava na cabeça do mestre: "ah, essas brasileiras...". Não é mais ou menos isso que todos eles pensam?

O brasileiro metido à besta que mora no exterior (acredite, é o que mais tem!) fica extremamente ofendido quando um gringo pensa que somos o que realmente somos: desbocados, autênticos, espaçosos, criativos e barulhentos. Tem gente que se incomoda pra valer quando ouve falar que toda brasileira é bunda. Uai, e não é?

Podemos não ser bunda, mas como negar que a parte glutea do nosso corpo pipoca para fora do biquini (do vestido, da saia e do short...) com mais frequência que o necessario? Fingir que isso não existe é como dar as costas para o nosso futebol, para o nosso acarajé, para a nossa MPB. Brasileira é bunda sim, e das boas! E tão importante quanto saber como se diz 'orelha' em francês, é saber como se diz 'vagina.' Eu sempre precisei muito mais do ginecologista que do meu otorrinolaringologista.

__________________________
*
Para quem esta pegando carona nas minhas aulas de francês, ai vão algumas expressões que o professor ensinou depois do susto:

1) Avoir la tête sur les épaules = Ter a cabeça no lugar

2) Rester bouche bée = Ficar de boca aberta

3) Manger à l'œil = Comer de graça, na faixa

4) Avoir un verre dans le nez = Ficar bêbado

5) Avoir quelqu'un à l'œil = Ficar de olho em alguém

Ainda não conheci expressões que se utilizam das duas partes do corpo que envergonham o professor, mas tenho certeza que muitos brasileiros vão me ajudar nessa.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Saint Valentin

O dia mais romântico do ano esta chegando e eu nem me dei conta. Sim, porque me adaptar ao frio, à comida estranha e aos banheiros separados dos franceses é uma coisa, mas querer que depois de quase 30 anos meu cérebro entenda que 14 de fevereiro é o Dia dos Namorados ja é demais né? Puta data sem graça!

Fevereiro é o mês da bagunça, do frevo. Não cabe romantismo no mês do Carnaval! E para piorar, este ano a data cai num domingo, dia sagrado de futilidades como assistir ao Faustão, cortar as unhas dos pés e planejar a nova dieta que (nunca) começa na proxima segunda. O frio também não ajuda, como fazer aquele passeio romântico à beira do rio com uma temperatura de -4°C? A imagem sensual da lareira + vinho também não funciona, por aqui todo mundo possui aquecedor elétrico e vinho, como vocês sabem, eu não bebo. Não da nem para ir ao motel, ja que na França eles simplesmente não existem! (Sim, também achei estranhissimo no começo e passei horas me fazendo essas mesmas perguntas que você se faz nesse momento.)

Propus então ao Léo que mantivéssemos a tradição de comemorar o Dia dos Namorados so em 12 de junho e ele, fofo, topou. Concordo que devemos nos adaptar ao maximo à cultura dos paises que nos recebem quando deixamos o Brasil, mas, contemporânea como sou, prefiro João Doria a São Valentim. Explico:

Valentim, coitado, foi um bispo que lutou contra as ordens de um imperador mal-amado que havia proibido o casamento durante as guerras, acreditando que os solteiros eram melhores combatentes. O danado continuou celebrando casamentos secretamente, foi preso e para completar o roteiro tradicional dos martires da Igreja Catolica, ainda devolveu a visão à uma mulher muito gentil. Foi morto em 14 de fevereiro de 269 e depois, declarado santo. O Google tem mais paciência para explicar as varias versões da historia, é so procurar.

Para ser sincera, eu nunca tinha nem ouvido falar desse tal São Valentim até chegar na Europa, padroeiro do amor para mim é Santo Antônio! È que brasileiro tem mania de querer ser diferente, então não poderiamos celebrar o amor ao mesmo tempo em que o resto do mundo né? Esperto e criativo que so ele, o publicitario João Doria percebeu que as vendas no mês de junho eram sempre muito baixas por não haver nenhum "feriado comercial". Para alavancar as vendas das Lojas Clipper, criou em 1949 a campanha “Não é só com beijos que se prova o amor” e mudou o curso da historia do comérico. O povo gostou, a data pegou e o dia 12 de junho entrou para o nosso calendario como o dia mais romântico do ano.

Aqui na França a data é menos comercial que no Brasil, a maior tradição é sair para jantar e os casais costumam trocar apenas cartões ou pequenos presentes, como caixas de bombons. Graças ao João, vou fugir dos restaurantes abarrotados no proximo domingo e aproveitar o dia para cortar as unhas dos pés do Léo. È o meu jeito torto de mostrar o quanto sou feliz por tê-lo todos os dias ao meu lado. Afinal, existe prova de amor maior que essa?

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Alta Gastronomia em Lyon

A França é o pais da boa comida, pelo menos é o que dizem por ai. Lyon é a capital mundial da gastronomia, cof cof. Enquanto milhões de turistas viajam pra ca a fim de saborear queijos, vinhos e comidas tipicas, centenas de estudantes apaixonados pela arte de transformar comida em obra de arte chegam na França para aperfeiçoar seus dotes culinarios, depois retornam aos seus paises de origem diplomados e bem empregados. Algumas dezenas desses estudantes abrem mão da badalação das grandes escolas de Paris e escolhem Lyon como destino final. O motivo é simples: Paul Bocuse. Desde 1965, o chef de cuisine francês é destaque no guia mais importante e respeitado de hoteis e restaurantes do mundo, o Guia Michelin, com nota máxima: três estrelas. Caso único.

Ainda não sei como vou fazer para conseguir os 100 mil reais necessarios para pagar os 3 anos do curso de Artes Culinarias, mas em 2011 vou ser aluna no Instituto Paul Bocuse. No terceiro ano do curso, os alunos criam um percurso gastronômico diferente. Baseado nas inspirações e nas técnicas estudadas nas aulas, eles abrem as portas do Restaurante Experimental do Centro de Pesquisa do Instituto para poucos sortudos degustarem os pratos preparados por eles.

O Léo, ciente do meu encanto pelo Instituto, suou para conseguir dois lugares no evento super exclusivo. O menu era surpresa, a equipe seleciona os pratos e a cada etapa do cardapio, uma criação culinaria deliciosa pra gente descobrir. Um menu com aperitivo + entrada + prato principal + sobremesa + vinho + agua + café por 20€. No restaurante do Sr. Bocuse, a experiência gastronômica não sai por menos de 200€ por pessoa. Fotografei tudo o que nos foi servido para dividir com os leitores do bloguinho, os nomes dos pratos são chiquérrimos mas achei melhor traduzir. Não se assustem com as porções pequenas, de grão em grão o papo ficou suficientemente cheio.

Aperitivo:

Sopa de abobora com noz moscada e creme

Entradas:


Coquilles de Saint Jacques em crosta e amêndoas, salada de legumes crocantes, vinagrete com beterraba e oleo de trufas.

Patê de figado gordo de pato, cozido em terrine quente e envolvido em geléia de licor de maçã, condimentos de maçã e uva-passa e pão ao lêvedo torrado

Pratos:

Filé de peixe branco levemente crocante, polvo, cascos, mexilhões e brocolis cozidos ao molho de suco de mariscos acidulados

Lombo de coelho recheado com temperos verdes, lombo de porco longamente cozido e servido em uma tira de pão torrado e legumes cozidos aos sabores do Sul

Filé de peixe grelhado, batata palha e lentilhas temperadas com chouriço

Filé de novilho assado ao forno, nhoque de batatas, aspargos, espinafres ligeiramente entomatados

Sobremesa:

Bolo de chocolate com camadas de mousse, creme e base de biscoito crocante aromatizado com menta, raspas de ouro (!) e calda de maracuja

Esses e muitos outros pratos preparados pelos alunos podem ser saboreados no Restaurante Pedagogico do Insituto Paul Bocuse, não vai custar apenas 20€, mas o preço também é bom. Outra opção são as brasseries do Paul Bocuse, existem 5 espalhadas por Lyon. A ideia é oferecer uma cozinha inovadora e moderna, servida em um ambiente menos formal que o caro e renomado restaurante do chef. O menu do dia (entrada + prato principal + sobremesa) custa em média 22€. Comida com etiqueta.

Para conhecer outros restaurantes em Lyon, clique aqui
 

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Mãe, posso faltar à aula hoje?

O dia de hoje serviu para me mostrar que alguns sentimentos não mudam nunca. A idade avançada não me impediu de sentir o mesmo medo que tomava conta de mim quando eu ainda carregava uma lancheira dos Ursinhos Carinhosos na mão e usava tênis Bamba rasgado nos pés. Quem não teve frio na barriga quando chegou em uma nova escola? "Sera que vou conseguir aprender? O pessoal é bacana? Os professores são bravos? Vão gostar de mim? Sera que vou gostar deles?". Questionamentos tão bobos que tiraram o meu sono na ultima noite.

O despertador tocou e os 8 graus negativos pareciam uma otima desculpa para faltar ao primeiro dia de aula do curso de francês. Mas avisada pelo Léo sobre a cara fechada da diretora, substitui o medo do novo pelo medo do esporro e fui. No caminho, ainda tentava entender como posso ter entrado no nivel intermediario se eu falo bulhufas de francês. "Um sistema de ensino como esse não pode ser levado a sério, então as aulas devem ser tranquilas também", pensei. Comecei a lembrar que na infância, o pânico sempre dava lugar à calmaria. Depois da tensão desnecessaria, chegava em casa empolgada, contando vantagens da nova escola, da nova melhor amiga, da nova "Tia Margarida", achava o novo uniforme lindo! Todo ano a mesma coisa...

Tirando o fato de que meus coleguinhas não falam francês, português, nem inglês e que ninguém no mundo (além deles) é capaz de entender chinês, a situação de hoje era praticamante a mesma e, vejam so, acabou dando tudo certo no final. Tão certo que me senti à vontade para colocar em pratica meu vocabulario precario em plena aula de Civilização. Molière, coitado, deve ter se revirado no caixão.

Como eu sou muito legal, vou passar a dividir aqui no blog (com a frequência que as aulas permitirem) meus conhecimentos adquiridos em sala de aula.

Você sabia que...?

1) Na França, 1/3 da população tem mais de 50 anos?
Leia o post anterior e entenda melhor os problemas que isso cria para o governo.

2) Casamento por aqui anda super fora de mora? A metade deles acaba em divorcio e em 2 a cada 3 casos, a mulher é quem pede a separação? Além disso, uma em cada duas crianças, é filha de pais que nunca se casaram. Em contrapartida, o numero de casamentos entre franceses e estrangeiros so aumenta.

3) Para minha surpresa o jornal mais lido por aqui não é o "Le Monde" e sim o "L'equipe", de esportes. Por que diabos eles não aprendem a jogar futebol então?

4) A França é o maior consumidor de alcool da Europa e acreditem, não é o maior consumidor de tabaco (Italia e Grécia). Ainda assim, a taxa de alcoolismo é baixa porque as bebidas são consumidas diariamente em pequenas quantidades no jantar, almoço e café. Sim, no café da manhã!

5) È também, o maior consumidor de produtos de beleza e perfumes. Seria loucura não consumir exageradamente, ja que os melhores são nacionais e vendidos em qualquer esquina.

6) O maior indice de acidentes de carros entre os europeus é daqui. Reproduzindo as palavras da professora "nos franceses, dirigimos mal". E como! Mas o item numero 4 deve ajudar as estatisticas também.

7) Pasmem: existem mais de 16 milhões de gatos e cachorros na França. Numero altissimo para um pais que tem apenas 60 milhões de habitantes.

8) Os franceses são os que mais adotam crianças em todo o mundo.

9) 76% da eletricidade é nuclear.

10) E para terminar, o pais que mais recebe turistas é a França. Desnecessario explicar o motivo né?

Leia também:

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