Sabendo que o inicio do curso de Sciences Po. ia limitar consideravelmente as nossas viagens no proximo ano, o Léo e eu decidimos aproveitar bastante o ultimo verão. Uma das viagens foi um mochilão que fizemos por Praga, Amsterdã e Berlim. Uma viagem de 10 dias, onde aproveitamos para conhecer algumas opções de hospedagem diferentes das que estamos acostumados.
Praga
Praga foi disparado a melhor parte da viagem, não so porque é rica em historia e tem uma arquitetura belissima, mas também porque é muito barata. Tudo por la é incrivelmente mais em conta que em outras cidades européias (Praga ja faz parte da União Européia, mas ainda não aderiu ao euro, o que explica os preços tão baixos). Por isso nos demos ao luxo de ficar em um hotel mais bacanudo nessa primeira parada. Um hotel 4 estrelas, perto do metrô e com uma otima tarifa de 55€ para o casal (sem café da manhã).
Amsterdã
O que conseguimos economizar em Praga, gastamos em Amsterdã - uma das cidades mais caras que ja visitamos. Se é caro para comer e se divertir, imagina para se hospedar! Até os albergues cobram diarias mais caras do que a que pagamos no 4 estrelas de Praga. Eu ja estava começando a considerar o Couchsurfing quando me lembrei da experiência deliciosa que tivemos nos hospedando na casa de um francês, e então fui tentar descobrir se poderiamos fazer o mesmo na Holanda. Encontrei o site Airbnb que propõe mais ou menos o mesmo esquema dos chambres d'hôtes na França: a reserva de um quarto na casa de um local, podendo ou não dividir as areas comuns da casa com ele. Nos decidimos ficar no apartamento do Mather.
Não existe maneira melhor de entrar na cultura do que se hospedando na casa de um local, ainda mais quando o tempo de viagem é curtinho como era o nosso em Amsterdã. Logo de cara ja vimos varias caracteristicas que o Daniel descreve no blog dele. As escadinhas estreitas e os corredores que acabam virando o "quintal" dos apartamentos, onde os moradores deixam seus casacos, sapatos e tralhas no corredor, sem medo nenhum de serem roubados. Desde o primeiro minuto eu me senti na 2° Guerra, parecia que a Gestapo ia invadir o imovel a qualquer momento e nos levar. Quando é que eu teria a mesma sensação em um hotel?
Desta vez a hospedagem era mais simples, mas perfeita para o nosso bolso. Pagamos 55€ na diaria para o casal (sem café da manhã). Nosso anfitrião é um cara atencioso, que logo na nossa chegada nos deu dicas quentissimas da cidade, como uma pizzaria pequena frequentada apenas por locais. Também nos recomendou o seu restaurante preferido, um indonesiano, que nunca teriamos entrado se não tivesse sido indicado por ele. A comida era incrivel!
So não pergunte pro Léo o que ele comeu (ele não tem a menor ideia!).
O quarto onde ficamos era exatamente como vimos nas fotos da internet, e ele ainda tinha uma estante cheia de livros sobre a Holanda e guias de Amsterdã. Como choveu o tempo todo nos 3 dias que passamos la, aproveitei para dar uma xeretada em tudo e ler coisas bem interessantes.
O lado chato da experiência foi ter que dividir o banheiro, fora isso foi bacana. A casa era simples, mas no mesmo site é possivel encontrar quartos maiores e com banheiro individual. Tem cada apartamento chique, meu amigo! Saimos bem contentes da casa do Mather e com a certeza de que vamos usar o Airbnb em outras viagens.
Berlim
Fim de viagem, sabe como é, né? O orçamento pede socorro! O lugar mais em conta que achamos em Berlim (eu nem olho albergues) foi o Easyhotel. Isso mesmo, um hotel da Easyjet, a compania low cost de avião. O esquema do hotel é o mesmo dos aviões, o preço é uma pechincha mas o conforto é pequeno. Pagamos 25€ na diaria para o casal (sem café da manhã). Gente, 25€ numa diaria para duas pessoas é um baita de um achado! Onde esta a pegadinha? Nos extras, que são cobrados a parte. Pagamos 3€/dia para usar a internet e pedimos 2 travesseiros extras, que nos custaram 2€ cada um. Se você quiser ter as toalhas trocadas, precisa pagar. Se quiser que limpem o quarto, também paga a mais. Até para ver TV tem que rolar uma graninha extra. Ainda assim o preço é imbativel, sem falar que o quarto, minusculo, é limpissimo e a cama é muito boa.
Recomendo para quem viaja com orçamento controlado e não fica muito tempo no hotel. O Léo e eu, por exemplo, saimos super cedo e so voltamos quando ja é tarde, tomamos um banho e depois, puft, cama! Acho também que se você não viaja sozinho, é preciso o minimo de intimidade com a outra pessoa para conseguir ficar preso numa boa nos 9m2 dos quartos. Namorados que se conhecem ha pouco tempo, esse hotel não é pra vocês! Pessoas que viajam com malas enormes também podem ter problemas. Mas para nos foi otimo! Quando eu for pra Londres, ja sei que é em um Easyhotel que vou me hospedar.
So não sei se ele vai querer me acompanhar...