sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Resultado do sorteio + encontro do blog

113 comentarios? Onde é que vocês se escondem que eu não os vejo, hum? Não, tô brincando! Foi legal saber como é que cada um descobriu o blog. Eu ficava sufocada ao ler os comentarios que chegavam sem poder responder para não atrapalhar os numeros do sorteio. A galera que sempre comenta passou por la e passou também um monte de gente nova que resolveu sair da toca por um otimo motivo. Foi um prazer conhecer vocês! Acabei amolecendo o meu coração e coloquei todo mundo no sorteio. Para a minha felicidade, o netbook vai pras mãos de alguém que vira e mexe da pinta aqui no blog. Samira (mãe do Enzo), tô falando contigo, mulher! Me manda um email no blog13anosdepois@hotmail.com com o seu endereço, ok? Parabéns e obrigada pela companhia nesses dois anos de blog!


O papo agora é com você que não ganhou. Não fica triste que vão rolar outros sorteios por aqui, viu? Sou leonina, gosto de rasgar dinheiro dar presentes. Mas sabe o que seria ainda mais bacana? Se a gente se encontrasse ao vivo, né não? Pois vai rolar um encontro do blog la em São Paulo, tô doida para conhecer vocês! Dia 15 de dezembro, às 20h30, no meu restaurante japonês preferido, o Zeni, em Moema (Avenida Lavandisca, 648. Tel: 5055-7701). Quem quiser e puder aparecer, deixa um comentario (assim eu posso fazer a reserva para o numero certo de pessoas), combinado? Pra diminuir esse oceano de distância, é so aparecer!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Bom dia, irmão!

Ja que não deu pra gente se despedir hoje cedo, estou aqui para dizer que amei o nosso final de semana. Vou me concentrar no abraço gostoso que nos demos depois de quase três anos para esquecer que você nos colocou para dormir em um colchão de ar furado, ta? Também não vou deixar que o fato de você ter aproveitado que eu estava no banho para ir dormir sem dar boa noite atrapalhe a nossa amizade. O que importa é que você nos alimentou com paçoquinha, e isso é tudo que uma amizade verdadeira precisa para sobreviver. Porque, você sabe, nessa nova vida que inventei pra mim eu acabo perdendo o rumo de vez em quando, mas dai eu vejo você, de chinelo RIDER no meio da sala, tirando do armario uma caixa de paçoquinha Yoki, e então eu me lembro de onde vim. E para onde devo seguir.


Não pôde ser meu irmão de sangue, então decidiu sê-lo de coração. Obrigada por caminhar comigo até aqui. Por favor, continue.



(Peço desculpas aos leitores por voltar de Londres sem dicas de viagem, mas é que não fomos visitar o palacio da rainha nem tirar fotos da roda gigante, também não fomos dar uma espiadinha nas obras reunidas do pintor italiano. Fomos visitar o que Londres tem de melhor mas que, infelizmente, nem todo turista tem a oportunidade de ver...)

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Ano II + sorteio

Blogs são registros impiedosos da passagem do tempo. São diarios escancarados onde não so expomos a nossa vida mas também convidamos desconhecidos a participarem dela. Ter um blog aberto, e, acima de tudo, permitir que as pessoas opinem anonimamente sobre a sua vida é uma decisão que exige desapego. Porque até da para escolher não ser contrariado, mas, que graça teria? Eu me divirto com a confrontação de ideias.
Quando escrevi o post do primeiro aniversario do blog, agradeci imensamente o carinho dos leitores. Não escondi que é essa a relação que me motiva a continuar escrevendo. Não é dinheiro nem é status, é você. Ja faz dois anos que a gente se encontra por aqui. Eu venho pra contar, você vem para descobrir. Eu escrevo para compartilhar, você comenta para contribuir. A doce ilusão de que a nossa relação é mais proxima do que realmente é! Me faz bem e, imagino, faz bem para você também (senão você não estaria sempre por aqui). E saber que de alguma maneira eu provoco uma relação de bem querer entre mim e você é motivo mais do que suficiente para eu continuar.
Tantos blogs no mundo e você acaba voltando justamente no meu! Merece presente ou não merece? Ja esta virando tradição esse negocio de sortear alguma coisa no dia do aniversario do blog (eu sou daquelas que pensa que festa = presente), mas esse ano eu queria fazer algo diferente. Gostaria de presentear alguém que realmente acompanha o blog, so não sabia como fazer esse sorteio. E computador não é um negocio que a gente sai dando para qualquer um, né?
Computador? Sim! O blog esta sorteando um Netbook Samsung NC210 de 10", como o da foto abaixo. Um computador novinho pra você acessar o blog de qualquer lugar! E acho que o mais justo é sortear entre aquelas figurinhas que, atraves dos comentarios, estabelecem uma relação de troca comigo (não se preocupem, eu sei quem vocês são). Para participar do sorteio, basta fazer aquilo que você sempre faz, deixar um comentario me contando, sei la, como foi, por exemplo, que você descobriu o blog ou porque gosta dele. Porque ama a França? Porque gosta dos posts de viagem? Por causa da historia de amor que deu origem ao blog? Enfim, qualquer coisa, so para que eu possa fazer o sorteio entre aqueles que comentarem mesmo.

O Netbook que o blog esta sorteando!


Ficamos assim então, sorteio no dia 24/11, assim da tempo de todo mundo participar.

Não esqueça de colocar na mensagem a cidade onde mora. Boa sorte e muito obrigada pela companhia nesses dois anos de bloguinho!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A arte de bater-boca como um francês

Não é segredo para ninguém que os franceses adoram bater o pé para reclamar. Também gostam de discutir por qualquer motivo e não abrem mão de bufar. Sim, os franceses bufam. Bufam quando são contrariados, bufam quando acabam as baguetes da boulangerie, bufam porque ja estamos em novembro e a temperatura ainda esta agradavel. Eles bufam por tudo e, acima de tudo, eles bufam por nada. Quando cheguei aqui, eu achava engraçadinho (afinal, ver adultos se comportando como crianças mimadas tem a sua dose de graça), depois passei a achar irritante e hoje eu ja acho normal, talvez porque eu tenha aprendido a bufar também. Não tem jeito, é uma esquisitice coletiva que você adquire com o tempo. 

Acontece que bufar é facil, basta soltar um "pfff" discreto e dar uma viradinha nos olhos para que todo mundo entenda que você não achou tal coisa legal. A bufada é a maneira mais facil de se fazer entender em terras gaulesas, ainda que você seja um estrangeiro. Dificil mesmo é aprender a bater-boca como um francês. Porque bater-boca não é isso ai que você esta pensando, não é sair gritando com o entregador porque a pizza chegou com uma hora de atraso, não é usar palavrões para xingar o motoqueiro que deu uma encostada no seu carro. Bater-boca, meu amigo, é a arte de colocar para fora toda a raiva que você esta sentindo, elevando levemente o tom da sua voz -sem gritar- e conseguir, assim, humilhar o seu adversario sem o uso de palavrões ou termos discriminatorios. E essa arte, anota ai, quem domina são os franceses.

Foram precisos dois anos convivendo com eles para aprender a distribuir pequenos coices eficazes. Digo coice porque patada é para os fracos, francês da é coice mesmo. Ja tomei coice de garçom, de professor, de vendedora e até de pipoqueiro! So que de uns tempos pra ca, eu comecei a revidar. A minha primeira vitima foi um vizinho folgado que sempre bate à nossa porta para reclamar. Toda vez é o Léo quem o atende, prometendo que vamos parar de fazer os barulhos que a gente ja não faz. Sabado passado quem abriu a porta fui eu:

- Bonsoir, madame, vocês estão fazendo barulho demais...
- Barulho? Que barulho, monsieur? 
- Andando. Vocês pisam muito forte.
- Ah, pois é, mas é assim que a gente anda. (detalhe: estavamos deitados no sofa vendo um filme)

Entrei no jogo dele. Não bati a porta, não fui grosseira, mas também não fiquei calada como fiz todas as outras vezes que um francês me chamou à atenção. Discuti de igual para igual, como eu faria se estivesse no Brasil. E ainda nos desejamos boa noite ao final da discussão - o toque de finesse que deve existir em todas as engueulades (que na verdade é o que diferencia um bate-boca brasileiro de um francês).
 
Vendo que eu era capaz de me comportar como eles, decidi não levar mais desaforos para casa. Confrontei até o motorista de ônibus que não parou no meu ponto para eu descer. O que eu faria uns meses atras? Xingaria mentalmente o cara, desceria calada no ponto seguinte e caminharia até a minha casa me odiando por não ter tido coragem de perguntar por que diabos ele não parou. Pois hoje eu bufei, caminhei até a frente do ônibus e perguntei se ele não tinha visto o meu sinal. Dei de cara com uma Mirelle que eu achei que tivesse ficado no Brasil, uma Mirelle justa, questionadora e, agora, chiquérrima - porque também sabe bater-boca em francês.

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