domingo, 29 de abril de 2012

A França nas mãos da extrema-direita

O Léo ja começou a ser francês do jeito errado. Conseguiu a cidadania, mas não se inscreveu para votar nessas eleições. Tudo bem, ele não teria muitas opções de voto mesmo.

Passado o primeiro turno, aonde o direitista e atual presidente Nicolas Sarkozy ficou menos de 2 pontos atras do socialista François Hollande, as atenções se voltaram para a xenofoba Marine Le Pen. Foi ela a surpresa da apuração, ficando com quase 20% dos votos. Esses eleitores são fundamentais para eleger Sarkozy ou Hollande no segundo turno, que acontece no proximo dia 6, e é por isso que os dois estão nesse momento mendigando os votos do partido mais racista da França.

Somando os votos de extrema-direita com os de direita (sem nem considerar os que foram para o Bayrou, candidato do centro), temos quase 50% do total. Metade do eleitorado votando em partidos que so falam em fechar fronteiras. Dai eu falo que ser estrangeiro na França não é facil e tem gente que ainda pergunta o porquê. A explicação para esses votos é muito simples: a tal da crise. Ha quanto tempo ouvimos dizer que a Europa esta em crise? Quando falta emprego, a maneira mais rasa de justificar os problemas é culpando a imigração. Ja foi provado que os imigrantes que estão hoje na França trazem mais dinheiro para os cofres publicos do que gastam, mas quem é que acredita?



O que se viu nessas eleições foi uma mudança no perfil de quem votou no Front Nacional, o partido da Le Pen. Até então quem votava FN era racista, separatista, todos os istas negativos existentes no mundo da politica. Hoje não são apenas essas pessoas que votam FN. Imagine, você chega em casa e vê o seu marido/filho/pai procurando emprego sem conseguir nada, conversa com os seus amigos e muitos deles estão na mesma situação. Dai você sai para espairecer e no metrô escuta todas as linguas do mundo, menos a sua, que é o francês. Do outro lado esta a midia, te massacrando com os numeros altissimos de imigração. A associação é inevitavel, embora incorreta.

Basta conhecer um pouquinho de Historia para saber que ela é ciclica. Uma outra crise, a de 29, também colocou no poder da Alemanha um cara com um discurso meio surreal e que, a principio, ninguém levava a sério. O que aconteceu depois todo mundo sabe. 

Preciso dizer que ver eleitores de diferentes paises da Europa procurando abrigo nas asas da extrema-direita me da medo. Hitler so chegou ao poder depois de quase 20 anos na politica, vale lembrar. Ele foi crescendo aos poucos, se apoiando no desespero de uma população submersa numa crise mundial. Um cenario muito parecido com o de agora. O que me faz questionar: Se em 2012 Marine Le Pen teve 18% dos votos, quantos ela tera nas proximas eleições? Porque, não importa qual dos dois seja eleito, em cinco anos a França não voltara a ser a terra prospera que ja foi um dia. E eu, imigrante que sou, preciso me preocupar.


quinta-feira, 26 de abril de 2012

Viajando pela França - o Limousin

Faz mais de um ano que eu tô para terminar uma historia que eu so contei pela metade. Lembra do chambre d'hôtes charmosinho que Léo e eu escolhemos para passar o dia dos namorados no ano passado? Pois eu ja mostrei aqui no blog os castelos que encontramos antes de chegar até ele. Ficou faltando falar das três cidadezinhas por onde passamos quando voltamos para casa.


Planejamento da aposentadoria

Quando eu penso em França, é a imagem de Argentat que me vem à cabeça. Um lugar tranquilo, parado no tempo, do tipo que ainda organiza festinhas na escola aos sabados à noite. O rio que corta a cidade é o Dordogne, e eu juro que vi um homem pescando em pé bem no meio dele! As ruas são tortas e as casas possuem telhados em ardosia, uma caracteristica da região.


Como não tem muito o que fazer ali, bom mesmo é sentar à beira do rio e ficar vendo a vida passar. Depois, fazer uma caminhada pela cidade, sorrir para os velhinhos que cruzam o nosso caminho, comer um bom magret de canard e, antes de seguir viagem, visitar agências imobiliarias para saber quanto custa passar os ultimos dias das nossas vidas por la.



Mais cor ao roteiro

Collonges la Rouge é classificada nos guias como uma das cidades mais bonitas da França. O que a diferencia das outras é a sua cor vermelha. As casas, os castelos e as igrejas, tudo feito de pedras de arenito, transformam a cidade em atração turistica.


O pessoal começou a desembarcar por ali em 844. A região não fazia parte da Coroa Francesa, por isso os seus habitantes não precisavam pagar impostos nem taxas, que eram altissimas na época. A região acabou se tornando refugio para condes, oficiais e familias importantes, que foram construindo castelos para morar. Mas a cidade burguesa acabou se dando muito mal durante a Revolução Francesa, quando lugares religiosos foram destruidos e os privilégios tiveram fim.



Uma visita ao passado

Outra que tem o seu lugar garantido entre as cidades mais bonitas da França é Turenne. Ela também era um paraiso fiscal na época da monarquia. Até 1738, quando o rei Louis XV ganha Turenne como pagamento de uma divida de jogo, quem morava ali não pagava um unico tostão de imposto. Atualmente a cidade, com ruas medievais que levam até um castelo, tem apenas 796 habitantes. A vista la de cima é surpreendente, mas eu ainda prefiro o que vemos la de baixo:



Por qual caminho seguir?

Cidadezinhas encantadoras como essas do Limousin a gente encontra em toda a França, por isso vale muito a pena alugar um carro com GPS e adicionar um dia de deslocamento ao cronograma da viagem. Existem dois tipos de estradas na França: as auto-estradas, que te fazem chegar mais rapido ao seu destino final (e de quebra você vê de perto como deveriam ser as estradas no Brasil se os impostos fossem bem aplicados), e as rodovias nacionais, que nem sempre possuem pistas duplas, mas que não têm pedagio. Para ir parando nos villages ou para fotografar belas paisagens, é melhor optar pelas rodovias nacionais.

domingo, 22 de abril de 2012

Bruxelas - um roteiro pela parte baixa da cidade

Bruxelas tem uma imensidade de coisas para ver, mas é para a Grand-Place que todo mundo corre quando chega na cidade. Pudera, ela é realmente magnifica! Foi naquela região que nasceu Bruxelas. A praça é o coração de um bairro cercado por ruas que existem desde a idade média. Não é dificil perceber os diferentes estilos que compõem a arquitetura dos prédios da praça: gotico, barroco, renascentista. Mas eles não são todos originais. O unico que resistiu ao ataque dos canhões franceses em 1695 foi o Hôtel de Ville, que ainda é um dos prédios administrativos mais bonitos do pais.


Os outros prédios foram reconstruidos seguindo estilos impostos pelo Conselho da Cidade, por isso existe uma harmonia entre eles. A primeira foto abaixo é da Maison du Roi, ou Casa do Rei, inicialmente construida em 1536 e reformada em 1873. Ela ja foi a casa dos reis espanhois, quando esses dominavam a Bélgica. Hoje é um museu que abriga, além de pinturas e tapeçarias, as roupinhas usadas pelo Manneken-Pis.


Perto dali, nas tais ruas medievais, é onde mais se vê turistas. Para fazer compras, dirija-se até a Rue Neuve. Quem procura por tranquilidade, pode seguir direto para as Halles Saint-Géry, o antigo mercadão da cidade. Mas caminhe de olhos bem abertos, para não passar batido por lugares interessantes como a antiga Bolsa de Bruxelas (construida entre 1867 e 1873 e ornamentada por esculturas de Auguste Rodin) e a igreja Saint-Nicolas (destruida no bombardeamento francês e reconstruida desalinhada às ruas do quarteirão para evitar o riacho que passava ao lado).


A Halles Saint-Géry, renovada em 1985 e que funciona hoje como centro cultural, ja foi um mercado de carnes. No lugar que ela ocupa hoje ja existiu também uma capela, construida no século VI - por isso o bairro Saint-Géry é considerado como o berço de Bruxelas. A exposição sobre a historia local exibida no centro é altamente recomendada. Ali também é o lugar perfeito para descansar degustando uma cerveja belga porque, além dos sofas confortaveis e das mesas com jogos de xadrez disponiveis, também tem internet sem fio de graça.


Enquanto o Sablon é um bairro mais chique, o Saint-Géry é o descolado. Essa é a região preferida dos locais para frequentar os estaminets (bares tão caracteristicos da Bélgica quanto os pubs na Inglaterra) e tomar algumas das 680 cervejas belgas que existem. Nessa area também encontramos restaurantes variados e mais confiaveis - ja que são frequentados por locais e não por turistas. Por 12 euros você consegue comer uma bela massa no charmoso Chez Martin, por exemplo.




Outro programa para se fazer na parte baixa da cidade é caminhar pela Galeria Saint-Hubert, a primeira galeria comercial da Europa (1847). Cafés e restaurantes dividem espaço com lojas elegantes e caras. Orçamento apertado não impede ninguém de aproveitar o lugar. Da para entrar nas melhores chocolaterias do mundo e pedir um, dois ou quantos chocolates você quiser comer e puder pagar. Também da para degustar um tipico waffle belga ou apenas ficar de bobeira, observando as vitrines fofas.



Saindo da galeria encontramos a Rue des Bouchers, uma ruela medieval cheia de restaurantes. Ela é tão importante para a cidade que uma lei de 1960 proibe alterações e demolições das fachadas dos prédios mais antigos. Não comemos por ali porque achamos tudo turistico demais, mas paramos para tomar uma cerveja, claro. O pub Delirium Tap House é mais frequentado por turistas. O clima é de albergue, ideal para praticar o inglês e fazer novas amizades.


Depois da Grand-Place, o simbolo mais famoso de Bruxelas é o Manneken-Pis, um menino mijão muito do sem graça que ninguém sabe de onde veio. Pouca gente sabe também da existência de uma Maria mijona - essa sim, possui um sentido concreto: ser simbolo de igualdade perante o Manequinho. A estatua da Jeanneke-Pis fica bem em frente ao pub e, se você for superticioso, não esqueça de jogar uma moedinha na fonte para ter sorte.


No ultimo post eu falei que o bairro Sablon era cheio de antiquarios e brechos de luxo. Pois no Marolles também tem tudo isso, so que mais barato. Na verdade, esse é um bairro bem popular, capaz de encantar quem gosta de garimpar roupas e peças raras, mas que pode decepcionar quem não tem muito faro para essas coisas. Os melhores negocios se fazem no tradicionalissimo Mercado de pulgas, que acontece desde 1640 (!) na Praça du Jeu de Balle. La podemos encontrar todo tipo de quinquilharia - algumas bem interessantes, como um espelho de prata do século passado. Fora da confusão da praça, na Rue Haute, fica mais facil sentir o lado artistico do bairro. Entre nas lojas de decoração que oferecem peças exclusivas ou, pelas vitrines, observe os artesãos trabalhando.


Não, ainda não acabou. Bruxelas é a capital de muita coisa, inclusive das historias em quadrinhos. No proximo post eu vou mostrar como elas interagem com a cidade, transportando a gente para dentro desse universo tão divertido. 

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Bruxelas - explorando a parte alta da cidade

A Bélgica ainda é jovem, se comparada às potências européias que estão em volta dela (conquistou a sua independência apenas em 1831). Ja esteve sobre dominio romano, espanhol, austriaco, holandês, alemão (durante as duas guerras mundiais) e francês. Os franceses, alias, nunca foram muito gentis com esse povo. Bombardearam Bruxelas, confiscaram obras de arte, imortalizaram os belgas com piadas esteriotipadas - os belgas são para os franceses o que os portugueses são para os brasileiros: o alvo principal na hora de tirar um sarro.

Mas a verdade é que 'ser belga' tem significados diferentes nas três regiões do pais. Flamengos, que vivem ao norte e falam holandês, e valões, moradores do sul e que falam francês, vivem em pé de guerra, pedindo a separação da Bélgica. Bem ao centro esta Bruxelas, uma cidade bilingue onde jornais, placas de sinalização e até legendas nos cinemas devem estar traduzidos nas duas linguas. Como se vê, nem so de cerveja, batata frita e chocolate se faz a Bélgica, conflitos internos contemporâneos também estão no cardapio.


Tivemos a sorte de desembarcar em Bruxelas em plena greve do transporte, o que nos forçou a caminhar muito e a abusar das bicicletas publicas para nos locomover. Digo sorte porque, com ônibus e metrôs circulando, teriamos perdido a chance de encontrar os pequenos tesouros que apareciam no nosso caminho. Então, o primeiro conselho é: se puder, caminhe! Bruxelas é mais interessante quando descoberta a pé. Se gostar, pedale! Utilizar as Villos é facil e barato. Para saber como, clique aqui.


Este primeiro post reagrupa o que vimos de mais bacana na parte alta da cidade. Um roteiro que, começando pelo Le Sablon, fica mais interessante ainda! O bairro é elegante e ao mesmo tempo descolado, o lugar ideal para ver gente muito, muito bonita e poucos turistas. Perfeito também para fazer as refeições ou tomar um café uma cerveja belga num dos cafés e restaurantes badalados da Rue de Rollebeek (que cobram os mesmos preços dos restaurantes turisticos em torno da Grand-Place). Também é la que se concentram os antiquarios e brechos de luxo, além de muitas galerias de arte e prédios de diferentes épocas e estilos.


A Notre-Dame du Sablon é a igreja gotica do bairro, que começou a ser construida por volta de 1400 e so ficou pronta em 1550. Essa igreja é um dos raros edificios do gênero que escaparam da destruição durante as guerras sucessivas que aconteceram nos seus 600 anos de historia, principalmente durante as guerras de religião. Destaque para os vitrais de 14 metros de altura que decoram a igreja.


Bem ao lado, fica o jardim mais gostoso de Bruxelas, feito à la française, ou seja, simétrico. O jardim do Petit-Sablon foi criado em 1890 e tem em destaque uma fonte em homenagem a dois condes, Egmont e Hornes, decaptados na Grand-Place em 1568. Agora, interessante mesmo são as 48 pequenas estatuas que cercam o jardim. Cada uma representa uma profissão importante da época. Léo e eu fizemos o tour tentando advinhar quem era o quê.



Bruxelas é uma das capitais mais verdes da Europa, e poder contar com esses espaços estratégicos para comer um lanche comprado na esquina ou para decansar os pés depois de longas caminhadas é o sonho de todo viajante. O Parque d'Egmont é um desses cantinhos e vale a pena ser visitado pela linda copia da estatua em bronze do Peter Pan que enfeita o jardim desde 1924, quando o inglês Sir George Frampton a ofereceu como presente para a cidade de Bruxelas. O monumento do menino que não queria crescer simboliza a amizade entre as crianças belgas e inglesas durante a Primeira Guerra Mundial.


Seguimos caminhando até o Museu Belas Artes, que abriga dois quadros que eu queria muito ver: La mort de Marat (1793), de Jacques Louis Davi e Épisode des journées de septembre 1830 (1834), de Gustave Wappers. O museu não possui muitas obras conhecidas do grande publico porque o exercito francês levou tudo para Paris durante a Revolução Francesa. Ainda assim, ele é reputado por possuir a coleção de arte flamenga mais bonita do mundo.


O Belas Artes fica na praça Royale, onde podemos visitar também a igreja neoclassica Saint Jacques sur Coudenberg. A construção que vemos hoje data de 1787, mas desde o século XII ja existia uma capela ali. Ao contrario da primeira igreja deste post, essa foi muito danificada durante as guerras de religião e acabou sendo totalmente destruida num incêndio em 1731. Ela foi reconstruida e, durante a Revolução Francesa, serviu como templo da Razão e do Direito, voltando a funcionar como igreja apenas em 1802. Dois quadros enormes do pintor belga Jean-François Portaels se destacam no interior sobrio da igreja.


O Palacio Real fica a dois passos dali e é a residência oficial dos reis da Bélgica. Desde 1965 ele pode ser visitado pelo publico, mas apenas entre julho e setembro. A construção não é tão antiga assim, foi terminada em 1909 e é uma das mais bonitas da cidade. A bandeira asteada significa que o rei esta ali.


O melhor caminho para sair da parte alta e chegar ao centro é descendo pelo Mont des Arts. No caminho, além da Biblioteca Real e do Palacio do Congresso, existe também um jardim aberto e o maldito relogio que não quis fazer graça pra gente. Conhecido como le carillon du Mont des arts, o relogio é composto de 12 personagens historicos e folcloricos da cidade, além de um outro que bate no sino la de cima do telhado. Os ponteiros nas fotos mostram que ficamos um tempão esperando ele tocar, mas não tivemos sorte. 



Quando eu falei sobre os tesouros que aparecem no caminho do viajante que abre mão do transporte publico para flanar sem pressa, era a Galeria Bortier que ocupava o meu pensamento. Um lugar que parece ter parado no tempo! Idealizada por um senhor que achava necessario reagrupar em uma passagem fechada e confortavel livros, cartões e timbres da época, a galeria foi construida em 1840. Hoje, além de vender livros raros, historias em quadrinhos e livros de viagem, tudo usado, a galeria recebe também exposições de artistas belgas da nova geração, que contam com o apoio da prefeitura para divulgar os seus trabalhos. Um lugar para os apaixonados por leitura, historia e arte.


A Chapelle de la Madeleine me intrigou. Conta o nosso guia que ela havia sido construida onde fica hoje a estação central e que no começo dos anos 50 eles transportaram elemento por elemento para o lugar que ela ocupa hoje, não muito longe da estação. Não sei o que ele entende por "elemento", mas fiquei me perguntando se ele estava se referindo a tijolos, telhas e pisos. Porque se for isso mesmo, eu tiro o chapéu para esses belgas criativos, que se empenham em conservar o passado da cidade.


Antes de mostrar outra igreja, preciso dizer que elas estão por toda parte. A Bélgica é um pais que tem fortes raizes no catolicismo romano e quem visita essas igrejas acaba aprendendo muito sobre arquitetura, mas também sobre a historia do pais, afinal, elas participaram (e participam) de maneira ativa dos acontecimentos que marcam a sociedade.

A Catedral Saint Michel et Sainte Gudule é a mais importante delas. Além de ser a primeira igreja da Bélgica, é la que acontecem as cerimônias de casamento e funerais de membros da familia real. Sua construção começou em 1225 e so terminou três séculos mais tarde. Uma igreja tão importante com um interior bem simples. Por quê? Ah, vamos la! Depois de ter chegado até aqui você ja sabe que o exercito francês passou por la e roubou tudo durante a Revolução Francesa, né? Sem as imagens em ouro, o que chama a atenção é o pulpito barroco esculpido por Henri François em 1699.


Uma mescla surpreendente de estilos é o que a gente mais vê na arquitetura de Bruxelas, mas é o Art Nouveau que faz a fama da cidade. Desenvolvido depois da Revolução industrial, o Art Nouveau foi criado para dar ao mundo moderno um jeitão mais harmonioso através dos arabescos. O arquiteto belga Victor Horta revolucionou a arquitetura privada aplicando nas casas burguesas as técnicas nascidas da revolução industrial e criando, assim, espaços fluidos e transparentes onde a luz circula melhor. Foi no lombo de duas bicicletas que saimos em busca das construções em Art Nouveau mais famosas da cidade.

 
Ufa! Terminamos a primeira parte. No proximo post eu vou falar sobre a Grand-Place e do roteiro que fizemos na parte baixa da cidade para provar que não, um dia não é o suficiente para conhecer Bruxelas.

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