quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Blogagem coletiva: Foto Jacu

Esqueça as fotos posadas e os enquadramentos perfeitos, as que você vai ver neste post têm a ver com diversão. Foi a Silvia, do blog Matraqueando, quem garantiu que é impossivel passar por essa vida sem produzir, ao menos uma vez, uma foto jacu. O tema virou blogagem coletiva e eu resolvi participar para não perder a oportunidade de publicar aqui as fotos de viagem que a gente acaba não mostrando para não pensarem que somos malucos por vergonha.


Esse tipo de foto so surge num momento de diversão, por isso fiquei feliz ao encontrar tantas fotos sem noção em todas as nossas pastas de viagens. Dai, pensei: Vergonha do quê? De estar tão feliz a ponto de me deixar fotografar fazendo palhaçada? 


Foto jacu e pagação de mico são indissociaveis. Para saber se a foto que você esta tirando é uma foto jacu, basta olhar a sua volta e ver se o pessoal esta te observando. Foto jacu chama a atenção e costuma atrair risinhos - geralmente porque você esta fazendo algo inesperado para aquele ambiente. Sair vestida de noiva pelos pontos mais movimentados de Paris, por exemplo, entra perfeitamente na categoria. 


E não venha me dizer que você não tem nenhuma dessas. Se ja esteve em um museu de cera, é certeza que tem! Foto de pulinho? Jacu! Imitando estatua no museu? Jacuzissimo! Fantasiado fora da época de carnaval? Jacu também! 



Colecionar fotos assim é evidência de bom humor. Como disse a Silvia, jacu de verdade é quem não tem historia pra contar!



Também estão na brincadeira:

Camila - Viaggiando
Silvia - Matraqueando
Natalia - Destino: Provence
Natalia Gastão - Ziga da Zuca
Cris Tomasi - Carpe Diem
Debora Bordim - Viajando mundo afora
Ana Catarina Portugal - Turista Profissional
Natalie Soares e Fred Marvila - Sundaycooks
Mirella - Mikix

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Não existe viagem redonda

Era para ser um final de semana romântico nos Alpes Suiços, e até foi, embora não tenha saido exatamente como haviamos planejado...

O nosso trem partia de Montreux às 8h44 e em três horas chegariamos a Zweisimmen, depois de ver paisagens lindas e montanhas cobertas de neve a bordo de um trem inspirado nos anos 30, no estilo do Expresso do Oriente, como mostra esse post do Viaje na Viagem. Na volta, pegariamos o trem panorâmico - menos charmoso, porém, mais moderno.


Mas, alegria de pobre, você sabe, dura pouco. 20 minutos, para ser mais exata. Foi o tempo que levou o cobrador para pedir os nossos bilhetes e nos informar que haviamos errado na compra. "E quanto custariam os bilhetes corretos?", perguntamos. Ele fez mistério, digitou algo na maquina que imprime novos bilhetes e, quando olhamos, nos assustamos com os 110 francos suiços em destaque na tela. "Por pessoa!", alertou.

Fomos relapsos, compramos os bilhetes errados, mas não estavamos dispostos a gastar ainda mais com o passeio. Perguntamos se podiamos descer, juntamos as nossas coisas e pulamos do trem, que, por sorte, havia parado em uma estação-fantasma no alto da montanha.

O que fizemos? Rimos, ué! Porque riso é a unica coisa que pode sair quando faz cinco graus negativos e você esta no meio do nada, sem saber como voltar para a cidade. O copo meio cheio - afinal, ele existe - é que o sol começava a sair, estavamos na Suiça e o cenario parecia filme de natal, todo branquinho. Apareceu um trem caindo aos pedaços (se comparado ao luxuoso vagão que nos deixou ali), que nos levou de volta para Montreux.

Acontece que saimos de casa com o objetivo de andar de trem (e andamos, por 20 minutos) e ver paisagens incriveis nas montanhas. De maneira alguma voltariamos frustrados para Lyon. A solução era procurar um Office du Tourisme para pedir dicas de passeios na região. A moça nos entregou um mapa, desenhou um roteiro e disse: aproveitem, o dia esta perfeito!


Ela tinha razão, estava. Mas esqueceu de dizer que pneus de neve são indispensaveis para esse tipo de  passeio - coisa que  o nosso carro não tinha. Mas, coitada, ela não poderia prever que parariamos para fotografar vacas Milka suiças na beira da estrada, deixando o carro deslizar para uma vala, não é mesmo?


Foram quase duas horas de perrengue tentando tirar o carro dali. Colocamos madeira embaixo da roda (manobra que so funciona nos filmes), paramos um carro na estrada, enfim, fizemos de tudo e nada. O segundo imprevisto do dia parecia não ter solução, até que vimos um trator no alto da montanha e subimos, com neve na altura do joelho e sem sapatos impermeaveis, para pedir ajuda pro Charles, o suiço prestativo que correu pra nos salvar.


Me lembrei de quando estavamos em Portugal e o Léo esqueceu a carta de motorista na França. Um monte de gente bacana se reuniu para fazer o documento chegar de Lyon a Lisboa em apenas cinco horas! Desde então, tratamos os perrengues que vivem dando o ar da graça nas nossas viagens com leveza e agilidade. Viagem nenhuma é redonda, e isso é a primeira coisa que um viajante tem que saber antes de colocar o pé na estrada. A segunda é que, para a nossa sorte, sempre vai ter um Charles disposto a ajudar.




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