quarta-feira, 30 de abril de 2014

Tudo novo. De novo. O novo.

Apesar de ter prometido a mim mesma que este ano eu não deixaria o blog tão abandonado quanto no ano passado, tenho tido pouca vontade de escrever aqui. Não sei se porque em quatro anos a maneira de blogar mudou muito e eu simplesmente não me adaptei, ou se quem esta diferente sou eu. Minha unica certeza é que ja não tenho mais tanta necessidade de compartilhar descobertas, viagens e, principalmente, a minha vida. Talvez os muitos blogs inspiradores que venho descobrindo nos ultimos tempos tenham me mostrado que a minha rotina não é tão excitante assim. Até sento para escrever quando vivo algo diferente, mas, logo penso: "e isso vai mudar a vida de quem?". Então, eu fecho o computador e abro um livro. 

Você não imagina quantos posts não terminados eu tenho aqui!

O desânimo com a vida de blogueira é tanto, que nem mesmo o mais feliz dos acontecimentos me motivou a publicar. Venho guardando comigo um segredo que, dois anos antes, eu teria compartilhado tão logo eu visse a segunda linha aparecendo no exame.


Nessas 14 semanas em que ja somos três, pudemos digerir bem a novidade e receber os abraços dos mais proximos quando estivemos no Brasil para o carnaval. De la pra ca, me questionei muito sobre o futuro do blog. Continuo escrevendo apenas sobre viagens? Faço um outro blog sobre maternidade? Deixo pra la esse mundo virtual e me concentro apenas no bebê? 

Se eu publiquei este post, é porque ja tenho a minha resposta.

Quando eu cheguei na França, ha quase 5 anos, eu não tinha amigos. E não podia sequer procura-los porque no meu vocabulario faltava um simples bonjour. Eu não sabia que quando francês diz que algo "não esta ruim" (pas mal), ele esta, na verdade, fazendo um elogio. Não entendia porque as mulheres não tiravam os esmaltes, pouco se lixavam para chapinha, nem eram paranoicas com depilação, até cortar o meu cabelo joãozinho. Precisei de 7 longos meses gelados para entender porque eles ficam adoravelmente gentis no começo da primavera. E so entendi o valor de uma manifestação quando comecei a fazer parte delas. 

Para escrever o ultimo paragrafo eu precisei reler alguns dos meus textos. Visitei o meu passado e percebi que ele é cheio de falhas. Ao invés de vergonha, senti orgulho de ver que amadureci e que sou hoje mais culta, menos vazia e mais engajada do que era cinco anos atras. Não fosse o blog, talvez eu não pudesse fazer esse tipo de avaliação. Portanto, continuarei! A blogosfera segue se transformando, mas eu decidi manter um estilo simples, honesto e muito pessoal para dividir com os leitores essa nova e emocionante etapa da minha vida. Sera que ainda tem alguém por ai me acompanhando? :)



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